11 de Setembro: Norte-americanos, prisioneiros de suas próprias mentiras
Oito anos após os atentados do 11 de Setembro, Thierry Meyssan — que iniciou a contestação mundial sobre a validade da ‘versão’ bushesca dos acontecimentos — recapitula o estado em que se encontra o debate para a nova revista russa Odnako.
O dissidente francês denunciou a «cortina de ferro» hermética que separa os povos da NATO do resto do mundo. Submetido a uma censura mediática, ignoram qualquer debate que se desenvolva fora do Ocidente e continuam a acreditar numa contestação do 11 de Setembro limitada apenas a algumas associações activistas. Thierry Meyssan interroga-se igualmente sobre a ingenuidade dos Ocidentais que crêem num cenário infantil, de banda-desenhada americana, segundo a qual umas dezenas de fanáticos possam ter ferido o coração do maior império militar do mundo.
Por Thierry Meyssan
Rede Voltaire - 25 de Setembro, 2009
http://www.voltairenet.org/article162258.html
A 7 de Outubro de 2001, embaixadores dos Estados-Unidos e do Reino-Unido informam por correio o Conselho de Segurança das Nações Unidas que as suas tropas entraram no Afeganistão clamando pelo seu direito de legítima defesa por causa dos atentados que, um mês antes, enlutaram a América.
O embaixador John Negroponte explica na sua missiva: «O meu governo obteve informações claras e indiscutíveis que a organização Al-Qaeda, apoiada pelo regime talibã no Afeganistão, teve um papel central nos ataques».
A 29 de Junho de 2002, o presidente Bush revela ao longo do seu «Discurso anual sobre o estado da União» que o Iraque, o Irão e a Coreia do Norte apoiam, de forma oculta, os terroristas porque concluíram um pacto secreto para destruir os Estados-Unidos: «O Eixo do Mal». É claro que estes três «Estados vigaristas», embora não tenham renunciado as suas intenções, mostram-se agora prudentes principalmente desde a altura em que Washington esmagou os talibã.
As acusações tornam-se mais precisas em 11 de Fevereiro de 2003. Nesse dia, o Secretário de Estado dos EUA Colin Powell expõe em pessoa, perante o Conselho de Segurança, o apoio que o Iraque demonstrou aos autores dos atentados. Depois de ter manejado um tubo supostamente contendo um concentrado de antrax em pólvora capaz de devastar um continente por inteiro, ele mostra uma foto satélite da base instalada pela Al-Qaeda a norte do Iraque, incluindo uma fábrica de produção de venenos. Após isso, e com um organigrama a apoiar, detalhadamente explica a estrutura dos terroristas em Bagdade sob o comando de Abou Al-Zarqawi. Com base nestas informações «claras e indiscutíveis», as tropas dos Estados-Unidos e do Reino-Unido, assistidas pelas do Canadá e da Austrália, entram no Iraque, sempre sob o pretexto do seu direito á legítima defesa após os atentados do 11 de Setembro.
O argumento do 11 de Setembro é tão cómodo, que no dia 15 de Outubro de 2003, apesar de uma chuva de bombas a cair sobre os habitantes de Bagdade, o Congresso dos Estados-Unidos começa a acusar a Síria pelo seu apoio ao «terrorismo internacional» e torna possível ao presidente Bush o direito de entrar em guerra contra o país assim que achar necessário. No entanto, a Síria está apenas destinada a ser um «aperitivo» do festim que se está a anunciar e cujo Irão irá ser o prato principal. Em Julho de 2004, a Comissão presidencial sobre os atentados entrega o relatório final. No último momento, esta junta duas páginas sobre a ligação entre o Irão e a Al-Qaeda. O regime chiita tem já há bastante tempo ligações com os terroristas sunitas, deixa-os circular livremente no seu território e já lhes ofereceu infra-estruturas no Sudão. Nesta base, uma nova guerra parece inevitável. Este cenário manterá a imprensa internacional sem fôlego durante dois anos.
Eis que oito anos após os atentados do 11 de Setembro, as «provas claras e indiscutíveis» da culpabilidade da Al-Qaeda ainda não foram transmitidas pelos Estados-Unidos ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, que também nunca as exigiu. Também, já ninguém considera a Al-Qaeda como uma organização estruturada, mas fala-se dela como um «movimento» vago e não palpável. O maior exército do mundo ainda continua sem encontrar Osama bin Laden e a CIA dissolveu a célula que tinha por objectivo ‘caçá-lo’; o pacto secreto entre o Iraque, o Irão e a Coréia do Norte aparece como um conto para adormecer e já ninguém se atreve a evocar o Eixo do Mal, o ex-Secretário de Estado Colin Powell admitiu publicamente que as informações apresentadas no Conselho de Segurança eram um disparate. Agora o Estado-Maior dos EUA não pára de solicitar ajuda bilateral á Síria e ao Irão para gerir o lamaçal iraquiano. No entanto, o «diplomaticamente correcto» exige que toda a gente continue a fazer como se as coisas estivessem límpidas, como se um barbudo iluminado, escondido numa gruta do Afeganistão pudesse ter ferido o coração do maior império de toda a História e ter escapado da sua vingança.
Toda a gente? Não exactamente. Em primeiro lugar, os dirigentes dos Estados em causa, Afeganistão, Iraque, Síria, Irão e Coréia do Norte não se contentaram em desmentir toda a responsabilidade nos atentados, eles explicitamente acusaram o complexo militar/industrial dos EUA de os ter perpetrado e assassinado 3000 de seus cidadãos. Em segundo lugar, os dirigentes de Estado que estão em frio com Washington, como a Venezuela e Cuba, não se refrearam de ridicularizar a versão bushesca dos eventos. Finalmente, os dirigentes dos Estados que ainda mantêm boas relações com Washington sem, no entanto, engolir estoicamente todas estas mentiras, afirmaram que os ataques do Afeganistão e do Iraque não têm base jurídica, sem que estes mesmos se pronunciem sobre os atentados. É o caso de países tão distintos como os Emirados Árabes Unidos, Malásia, a Federação Russa e agora o Japão. Podemos ver que a lista dos Estados cépticos nada tem a ver com uma divisão pró ou anti-EUA mas sim com a ideia que cada um faz da sua soberania e dos meios que impõe para a afirmar.
O que se passou então no 11 de Setembro? Os jornalistas não estão restritos às mesmas reservas que os diplomatas por isso iremos revelar-lho.
Grandes orçamentos hollywoodescos, mas cenários desleixados
Segundo a versão oficial, um islamista diabólico, Osama Bin Laden, que acusa os «infiéis» norte-americanos de ter manchado o solo sagrado da Arábia saudita instalando bases militares, organiza uma operação terrorista de grande envergadura, com meios materiais insignificantes mas recorrendo a um comando de 19 fanáticos.
Ele reside numa gruta equipada, digno de um filme á James Bond. Infiltra os seus kamikazes nos Estados-Unidos, como num filme de Chuck Norris, com intriga e título premonitórios «Ground Zero».
Quatro deles têm formação num clube de aviação. Negligenciam as suas aulas sobre descolagem e aterragem para apenas se concentrarem na direcção do aparelho em pleno voo. No dia do acontecimento, divididos em quatro equipas, os fanáticos desviam aviões comerciais ameaçando cortar a garganta das hospedeiras com x-actos.
Às 8h29, American Airlines recebe uma chamada via rádio como sendo proveniente do pessoal de bordo do voo 11 (Boston - Los Angeles) informando do desvio pelos piratas do ar. O procedimento oficial prevê a notificação imediata da aviação civil para o Departamento de Defesa ocorrendo uma descolagem de caças no prazo máximo de oito minutos. Mas quando 17 minutos mais tarde acontece o primeiro impacto no WTC, os caças ainda não descolaram. Às 8h47 o transponder do voo United Airlines 175 (igualmente Boston - Los Angeles) é cortado. A sua identificação mineralógica desaparece dos radares civis onde somente aparece como um ponto. Esta operação dá o alerta, sem que nesta altura a aviação civil saiba se se trata duma avaria ou de um desvio. No entanto, aquando do segundo impacto às 9h03, nenhum caça ainda foi enviado para estabelecer contacto visual.
Às 8h46, um Boeing 757 é esmagado contra a torre norte do WTC. O avião choca contra o centro milimétrico da fachada. Sabendo que tem 63 metros de largura e que a velocidade é superior 700 km/h, a precisão da manobra está em causa por milésimos de segundo; um feito do qual pouco pilotos de caça são capazes, mas que fora realizado por um aprendiz. O mesmo feito é realizado pela segunda vez às 9h03 com outro Boeing 757 na torre sul que, para mais, naquela altura se encontra no sentido contrário ao vento.
No exacto momento do segundo impacto, um míssil atravessa o campo de visão da câmara do canal New York One. É atirado por uma aeronave escondida pelo fumo do impacto e dirige-se em diagonal para o solo. Nunca mais se ouvirá falar destas imagens.
As primeiras testemunhas declaram que as duas aeronaves que colidiram nas torres são aviões de carga sem janelas, mas os aparelhos são mais tarde atribuídos aos voos regulares AA11 e UA175. Dispõe-se apenas de um vídeo do primeiro impacto mas de seis do segundo impacto. Nenhuma ampliação efectuada permite observar as janelas.
No entanto, as ampliações permitem observar um objecto escuro agarrado sob cada cabine. O visionamento imagem por imagem dos vídeos faz aparecer dois clarões luminosos provenientes dos pontos de impacto imediatamente antes da colisão no arranha-céus. Os aviões não se esmagam contra as fachadas mas esgueiram-se para o interior da construção desaparecendo totalmente, sendo que as fachadas e os pilares interiores não oferecem nenhuma resistência.
Às 8h54, o voo American Airlines 77 (Washington DC - Los Angeles) modifica o seu trajecto sem autorização e o seu transponder deixa de transmitir. Os radares civis perdem o seu rasto.
Às 9h25, conscientes de um evento de grande escala, o centro de comando de Herndon proíbe a descolagem de qualquer voo civil em território dos Estados-Unidos e ordena a todos os aviões civis em voo a aterrar. São alteradas as rotas dos voos transatlânticos para o Canadá. De outra parte, o porto de New York fecha todas as suas pontes e túneis ligados a Manhattan.
No mesmo momento começa uma vídeo-conferência da crise presidida pelo conselheiro anti-terrorista da presidência, Richard Clarke. Esta reúne a Casa-Branca, os Departamentos de Estado, de Justiça e da Defesa. A aviação civil e a CIA também se juntam.
A jornalista vedeta da de Fox News, Barbara Olson, encontra-se a bordo do voo AA77. Com o seu telemóvel, ele telefona ao seu marido, Theodore Olson, que foi advogado George W. Bush perante o Supremo Tribunal de Justiça e que mais tarde se tornou Procurador-geral dos Estados-Unidos. Ela conta-lhe como os piratas do ar desviaram o avião e trocam as últimas palavras um com o outro.
Ás 9h30, a aviação civil declara o voo AA77 como em falta. Ter-se-ia despenhado numa reserva natural em Virgínia ocidental sem nunca encontrar os caças da US Air Force.
Entretanto, ao mesmo tempo, um aparelho não identificado tendo características de velocidade e maneabilidade de uma aeronave militar é observado nos radares civis do aeroporto de Dulles-Washington. O engenho penetra no espaço aéreo protegido do Pentágono. As baterias automáticas anti-míssil que protegem a infra-estrutura não reagem. Depois de ter efectuado uma curva acentuada para contornar uma permuta de auto-estradas, o engenho colide no Pentágono, perfura paredes blindadas e explode matando 125 pessoas. As testemunhas descrevem um míssil. Os relógios do prédio indicam a hora 9h31.
Um quarto de hora depois, a parte destruída do prédio colide. Presente no local, o repórter da CNN testemunha que não existe nenhum rasto de avião no local. Depois a CNN mostra o Secretário da Defesa Donald Rumsfeld ajudando pessoalmente os socorristas a evacuar um ferido transportando uma maca. Pouco depois, ele terá indicado aos seus colaboradores que entrou no prédio em chamas e visto detritos de um Boeing. O míssil é então atribuído ao voo AA77 em falta.
A Casa-Branca recebe uma chamada anónima usando os códigos de transmissão ultra-secretos da presidência dos Estados-Unidos. O correspondente afirma estar a falar em nome dos atacantes. Indica que a Casa-Branca é o próximo alvo.
Às 9h35, Richard Clarke activa o programa de continuidade do governo. O presidente Bush, que estava de visita política numa escola preparatória na Florida, interrompe o seu programa e encaminha-se para o avião presidencial, o Air Force One. Ao seu lado, o vice-presidente Cheney é levado para o bunker anti-atómico da Casa-Branca. Todos os parlamentares e ministros são contactados para serem abrigados em bunkers construídos para esse efeito.
Ás 9h42, o canal ABC difunde imagens em directo do fogo que lavra em dois andares de um anexo da Casa-Branca onde se encontravam os escritórios dos colaboradores do presidente Bush e vice-presidente Cheney. As autoridades nunca deram explicações sobre este incêndio que, desde então, desapareceu da memória colectiva. Equipas armadas com lança rockets são dispostas ao redor dos prédios da presidência para prevenir qualquer aparição de armada da Força Aérea. Tudo se passa como se se tratasse de um Golpe de Estado.
Ás 9h24, a aviação civil recebe uma mensagem da tripulação do voo United Airlines 93 (Newark - San Francisco) informando duma intrusão no cockpit. A comunicação foi rapidamente interrompida bem como o transponder. O voo é considerado como desviado. Ás 10h03, o Boeing desaparece dos radares. Este terá explodido em pleno voo ou ter-se despenhado na Pensilvânia. No local apenas se encontra uma grande cratera vazia e detritos espalhados a vários quilómetros de distância.
Numa conferência de imprensa nas ruas de Manhattan, o presidente da câmara de New York Rudy Giuliani fala de um possível colapso das torres gémeas e manda a sua evacuação.
Ás 9h58, uma explosão acontece na base da torre sul do WTC e daí emana uma quantidade enorme de pó e fumo. A seguir, pequenas explosões se fazem sentir de alto a baixo do edifício, causando pequenas nuvens de fumo nas fachadas. Em dez segundos, o prédio colapsa em si mesmo inundando Manhattan debaixo da poeira.
Os edifícios das Nações Unidas em New York e dos ministérios em Washington são evacuados. Teme-se que estes sejam os próximos alvos.
Ás 10h28, a torre norte do WTC colapsa sob o mesmo esquema.
O Estado de Israel ordena o fecho de todas as suas missões diplomáticas no mundo (10h54).
Por volta das 11h00, ordena-se a evacuação de outro prédio do WTC, a torre nº 7. Este arranha-céus não foi atingido por aviões e durante muito tempo as autoridades não ligam o seu colapso aos atentados, ao que nem sequer aparece no relatório final da Comissão presidencial.
Ás 13h04, os canais de televisão difundem uma pequena mensagem gravada do presidente Bush. Ele garante aos seus concidadãos que a continuidade do governo está assegurada e que o país será defendido.
Ás 13h30, o estado de emergência é proclamado em Washington DC, enquanto isso o Pentágono posiciona dois porta-aviões e as suas fragatas em estado de alerta máximo para prevenir qualquer aterragem naval inimigo na costa Washington. Os Estados-Unidos consideram-se em estado de guerra.
Ás 16h00, a CNN confirma que as autoridades dos EUA identificaram o Saudita Osama bin Laden como sendo o mandatário dos atentados. Trata-se portanto não de um Golpe de Estado, nem da Terceira Guerra Mundial.
Ás 17h21, a torre n°7 do WTC colapsa no mesmo esquema que as torres gémeas, mas em 6 segundos e meio por ser menos alta.
Ás 18h42, Donald Rumsfeld dá uma conferência de imprensa no Pentágono, ao seu lado tem líderes republicanos e democratas da Comissão senatorial da Defesa. Juntos, reafirmam a união nacional nesse momento trágico.
Na noite do 11 de Setembro os estragos são difíceis de avaliar. Evocam-se 40.000 mortos. Ás 20h30, o presidente Bush fala á nação a partir da Casa-Branca. Ele assegura que a ameaça está afastada e que a «América» fará face aos seus inimigos. Os tambores da guerra começam a soar.
A destruição controlada do World Trade Center
Todos estes eventos suscitam uma forte angústia e sucedem demasiado rápido para que se possam questioná-los, a quente, com coerência. Iremos voltar aos principais pontos. Para começar: o porquê do colapso das torres gémeas e da torre nº 7 do WTC ?
Peritos do NIST (Instituto nacional das normas e das técnicas) afirmam que mais do que o choque dos aviões nas torres gémeas, é a combustão do seu querosene que teria fragilizado as colunas metálicas e provocado o seu colapso. E que o contágio do incêndio á torre nº 7 teria provocado a terceira derrocada.
Ora, esta teoria é irrisória para alguns profissionais : as torres gémeas foram concebidas para resistir ao choque de um avião de companhia aérea, o fogo de querosene atinge temperaturas entre os 700ºC e os 900ºC, enquanto que para derreter o aço necessita de uma temperatura de 1538ºC; numerosos arranha-céus foram devastados por incêndios no mundo inteiro, nenhum sofreu um colapso devido a esse facto. As três torres não caíram de lado mas exactamente na vertical. O colapso do prédio deu-se em queda livre sem resistência, o que quer dizer que o andar superior ao do impacto não sofreu nenhuma resistência ; cada piso inferior foi sendo derrubado antes que pudesse oferecer resistência.
Os bombeiros de New York dizem ter ouvido e visto uma série de explosões destruindo os edifícios de alto a baixo. Estes testemunhos são corroborados pelos vídeos e bandas sonoras.
Em definitivo, Niels Harrit, professor de química da Universidade de Copenhaga publicou no Open Chemical Physics Journal um estudo mostrando a presença de partículas de um explosivo militar no Ground Zero, a nano térmite.
Os explosivos foram colocados por profissionais tal que primeiro cortaram a base das colunas metálicas e depois as destruíram piso por piso. Nas fotos tiradas durante os dias seguintes pode-se ver que as colunas metálicas foram seccionadas de alto a baixo na diagonal de maneira limpa e nunca sofreram deformação pelas chamas.
Contrariamente ao procedimento de investigação judicial, os bocados de colunas metálicas não foram conservadas para peritagem. Foram rapidamente retirados junto com outros escombros pela empresa de ferragens de Carmino Agnello, o padrinho do clã mafioso dos Gambino, foram depois vendidos no mercado chinês.
Quanto á torre nº 7, o promotor imobiliário e locatário do WTC, Larry Silverstein, indicou numa entrevista de televisão que teria sido avisado da sua possível queda e terá autorizado a sua demolição. O Sr. Silverstein retraiu-se depois disso mas o vídeo com a sua declaração mantém-se.
A torre nº 7 abrigava diversos serviços administrativos, entre os quais o centro de crise da câmara de New York e a principal base da CIA fora de Langley. Esta base, inicialmente instalada para espionar missões no estrangeiro da ONU, foi especializada sob a presidência de Clinton no âmbito de espionagem económico das grandes empresas de Manhattan. Na hipótese em que a operação do 11 de Setembro fora comandada a partir desse prédio, a sua destruição elimina totalmente qualquer prova material da conspiração.
Um mês e meio antes dos atentados, Larry Silverstein, tesoureiro das campanhas eleitorais de Benjamin Netanyahu, fez um mau negócio ao alugar o WTC enquanto que os edifícios isolados com amianto não correspondiam mais ás normas legais. No entanto, teve um pressentimento benéfico ao subscrever uma apólice de seguro original prevendo um prémio em caso de atentado terrorista, calculado não em função dos estragos mas da natureza do ataque. Assim, considerando que houve dois ataques com dois aviões diferentes, ele reclamou e finalmente obteve uma indemnização em dobro, ou seja 4,5 bilhões de dólares.
A instalação da nano térmite nas torres gémeas e na torre nº 7 requer cálculos complexos e leva alguns dias a ser instalada, portanto antes do 11 de Setembro. Não pôde ter sido feito sem o conhecimento das equipas de segurança WTC.
A segurança do WTC foi delegada pelo promotor Larry Silverstein á empresa Securacom, dirigida por Marvin Bush, irmão do presidente.
3.000 Vítimas
Na noite do 11 de Setembro a câmara de New York anunciava um número de possível de 40 000 mortos e encomendava material em função dessa avaliação, necessário para as suas morgues. Depois de bastantes apuramentos, o número felizmente baixou para menos de 2 200 vítimas civis e 400 vítimas dentre o pessoal socorrista. Dentre os mortos, não se encontrava nenhum dos grandes patrões que tinha os seus escritórios nas prestigiosas torres, também, muito mais pessoal de manutenção faleceu do que pessoal de escritório. Como se explica esse milagre?
Por volta das 7h da manhã os empregados da empresa Odigo receberam um SMS avisando-os de antemão da ocorrência de um atentado e que não deveria nessa manhã ir para os escritórios que se encontravam frente ao WTC. A Odigo é uma pequena empresa israelita líder no mercado de mensagens electrónicas, estreitamente ligada á família Netanyahu e ao Aman, serviço de informação militar israelita.
Por volta das 8h, o empresário Warren Buffet organizava na sua propriedade no Nebraska um pequeno-almoço anual de caridade. Pela primeira vez, ele convidou todos os grandes chefes que tivessem um escritório nas torres gémeas. Também pela primeira vez, ele não recebeu os convidados num grande hotel mas na base militar aérea de Offutt, sede do comando de força de dissuasão nuclear. Os filantropos tinham chegado no dia anterior e dormido na base. Eles foram informados durante o pequeno-almoço que um avião tina acidentalmente colidido contra a torre norte do WTC, e que depois um segundo aparelho teria colidido contra a torre sul. Compreenderam então que não se tratava de nenhum acidente, mas de um atentado, também porque o comandante da base, o general Gregory Power, os tinha deixado para ir até ao centro de crise. Com o espaço aéreo dos EUA tendo em breve sido fechado, os convidados não puderam voltar para New York sendo que ficaram na base.
Após o 11 de Setembro, o empresário Warren Buffet tornou-se o homem mais rico do mundo alternando com o seu amigo Bill Gates. Ele fez campanha para Barack Obama, mas recusou tornar-se secretário do Tesouro.
No início da tarde, o Air Force One aterra por sua vez na base militar de Offutt. O presidente Bush juntou-se ao centro de crise onde participou na vídeo-conferência com a Casa Branca e as diversas agências envolvidas. Gravou aí a primeira intervenção televisiva.
Nos minutos seguintes ao primeiro impacto, os serviços de urgência da FEMA (agência para a gestão de situações de catástrofes) deslocaram-se para o sítio. Como por acaso estes tinham chegado no dia anterior e preparavam-se para dirigir um simulacro de um ataque biológico ou químico no WTC. Todos os serviços de urgência foram imediatamente activados, salvando muitas vidas. A FEMA estava a ser dirigida por Joe Allbaugh, tesoureiro da campanha de George W. Bush e futuro responsável dos concursos públicos no Iraque ocupado.
O míssil do Pentágono
As baterias automáticas anti-mísseis do Pentágono não reagiram á entrada da aeronave no espaço aéreo protegido. Isto pode ser explicado de duas maneiras: ou estas foram desligadas deixando o edifício desprotegido, ou então foram inibidas por um código amigo. Existe realmente um código que permite a desactivação em caso de passagem de helicópteros de ministros ou do estado-maior quando penetrando na zona de risco.
Para contornar uma permuta de auto-estradas, a aeronave efectuou uma curva num ângulo quase recto e depois foi colidir na asa mais distante dos escritórios dos ministros. A zona atingida era destinada para dois fins. Duma parte eram escritórios em curso de reabilitação para o estado-maior da Marinha e de outra parte estavam escritório relacionados com a contabilidade geral. Havia pessoal, principalmente civis, que estavam a dirigir um inquérito sobre o desvio importante de fundos relacionados com o orçamento da Defesa. Isto explica porque não havia oficiais superiores dentre as vítimas e porque o inquérito foi anulado por falta de arquivos para a continuar.
O míssil perfurou os muros blindados com fortificações sucessivas e explodiu com uma enorme violência dentro do prédio. O calor era tanto que os bombeiros usaram protecções feitas de amianto para avançar no fogo. Combateram o incêndio com água sem ter recurso a retardantes que normalmente se utilizam na extinção de fogos de querosene. Além disso afirmaram não ter visto nenhum indício de avião ou mesmo querosene. Contrário ao seu testemunho, uma pessoa vestida de fato como o secretário Rumsfeld nunca se poderia ter aproximado do coração do incêndio.
Seguidamente, as autoridades destruíram elas próprias e reconstruíram toda a parte destruída e afectada. Os escombros foram retirados por uma empresa que os vitrificou. Esta técnica cara é utilizada para estabilizar detritos contendo material radioactivo. Provavelmente, o míssil foi revestido com urânio empobrecido para penetrar na placa cimentada e kevlar e continha uma carga ajustada para causar uma explosão breve a altas temperaturas.
Como pode ser perfeitamente visto em fotografias tiradas imediatamente após o impacto, o míssil entrou no prédio sem danificar a fachada. Ele rasou o chão passando por uma porta normalmente utilizada por carrinhas de entrega. Não danificou as ombreiras.
O Pentágono é especialmente monitorado por câmaras. A aeronave teve de passar pelo campo de visão de mais de 80 delas. As autoridades recusaram-se a divulgar os vídeos e contentaram-se em divulgar algumas fotos que mostram a explosão, mas não a aeronave.
A relva do Pentágono não ficou danificada. A explosão pulverizou os carros estacionados no parque de estacionamento e dois helicópteros estacionados no heliporto. Foi encontrada muita sucata de metal, mas nenhuma relacionada com o Boeing, nem mesmo os reactores. As autoridades têm usado uma fotografia oficial mostrando fragmentos de aproximadamente 90 cm de comprimento tendo uma faixa lateral pintada com uma tinta especial utilizada na aviação e os outros fragmentos, pintados de vermelho, branco e azul. Por isso, vendo esta decoração, entusiastas do enigma dizem não se tratar de peças pertencentes ao Boeing da American Airlines. São, no entanto partes aeronáuticas mas provavelmente pertencendo a um dos dois helicópteros destruídos.
Para dar crédito á teoria do voo 77, o médico-chefe do Departamento de Defesa identificou os restos mortais dos passageiros do Boeing nos escombros do Pentágono. Urnas funerárias foram dadas às famílias das vítimas precisando se esses restos mortais foram identificados por impressões digitais ou por análise de ADN. No entanto, depois disso, o Pentágono tem justificado a ausência de destroços do Boeing, incluindo os reactores, pelo calor extremo que teria gaseificado o metal. Não se entende portanto que, nestas circunstâncias, os restos humanos estivessem preservados.
Aviões desviados ou pilotos automáticos?
A teoria dos aviões sequestrados é baseada na assimilação de que as aeronaves envolvidas são de facto aviões comerciais e na divulgação de conversas telefónicas entre os passageiros e o solo.
Muitas pessoas dizem ter recebido telefonemas de seus familiares que estavam a bordo dos aviões. Reconstituiu-se então o sequestro das hospedeiras de voo usando x-actos e o motim dos passageiros a bordo do voo 93. Isso deu origem a dois filmes de Hollywood. No entanto, em 2006, durante o julgamento de Zacarias Moussaoui, suspeito de querer juntar-se aos sequestradores, o FBI testemunhou que os telefonemas entre aeronaves em altitude e o solo eram impossíveis com a tecnologia existente em 2001. As verificações efectuadas revelaram que todas as histórias são falsas, ou porque foram inventadas, ou porque as recepcionistas foram forçadas. O FBI não comentou sobre o caso de Theodore Olson, advogado de George W. Bush durante a eleição presidencial, o então procurador-geral dos Estados Unidos, que afirmou ter recebido dois telefonemas de sua mulher, a jornalista da Fox Barbara Olson, que desapareceu com o voo 77.
Uma hipótese explicativa pode ser efectuada por verificar os arquivos desclassificadas de Robert McNamara. Em 1962, o Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos propôs ao presidente Kennedy uma encenação para justificar um ataque contra Cuba, a operação Northwoods. Isto envolvia a destruição de um voo comercial norte-americano por MiG’s cubanos falsos. Para fazer isso, o Exército recuperou dois MiG’s soviéticos num país do Terceiro Mundo e pintou-os nas cores de Cuba. Foram contratados figurantes. Eles tinham que apanhar um voo para Miami e tinham de fazer filmes caseiros para depois serem usados nos noticiários. Uma vez no ar, o avião tinha desligado o seu transponder para que os radares civis não o identificassem. Poderia então ser substituído por um avião sem passageiros. Depois da tripulação ter saltado de pára-quedas, o avião deveria continuar a voar em modo de piloto automático e de seguida ser abatido pelos falsos MiG’s na baía de Miami perante milhares de testemunhas. Para dar credibilidade ao acontecimento, foram planeadas conversas telefónicas entre falsos espiões cubanos e interceptá-los pelo FBI.
Aplicado ao 11 de Setembro, este modelo pode explicar o corte dos transponders, as chamadas falsas e a não existência de janelas nos aviões que atingiram o WTC. A novidade é que, em 2001, o Pentágono já não necessitava de uma tripulação para pilotar o Boeing 757. Eles têm agora a capacidade técnica para pilotá-lo em modo drone. A operação torna-se mais flexível.
Nos EUA, em voos domésticos muito frequentes, as companhias aéreas vendem mais bilhetes do que eles tem lugares disponíveis. Os passageiros esperam até que se encontrem lugares num avião. No entanto, os quatro aviões sequestrados, foram alegadamente preenchidos apenas a um terço da sua capacidade.
A lista detalhada de passageiros publicada pelo jornal iraniano Kheyan mostra que todos os desaparecidos são famílias de funcionários do Departamento de Defesa, de empresas ligadas ao Pentágono ou próximos da Casa Branca, como Barbara Olson.
A hipótese de um avião cair acidentalmente sobre o telhado do Pentágono (e não na sua fachada) foi estudada na década de 90. O Departamento de Defesa até realizou diversas simulações sob a liderança do Comandante Charles Burlingame. Posteriormente, o oficial ficou aposentado do serviço activo e tornou-se piloto de avião da American Airlines. Era ele que estava aos comandos do voo 77 que supostamente atingiu o Pentágono.
Sem aviões sequestrados, não há sequestradores
Nos três dias que seguiram os ataques, o Departamento de Justiça, com base em informações dadas pelos passageiros, por telefone, estabelece o modus operandi dos sequestradores, identifica-os e reconstitui as suas vidas. Assim, é o telefonema de um comissário de bordo do voo 11 que permitiu saber que os piratas eram cinco e que o seu chefe era o passageiro do assento 8D,Mohammed Atta.
Sabemos hoje que essas chamadas são falsas e que os aviões não foram sequestrados, mas substituídos. Mais desagradável ainda, é que as listas fornecidas pelas companhias aéreas, nas primeiras horas após os atentados revelaram que nenhum dos 19 sequestradores suspeitos havia embarcado. No entanto, há "provas" de que Mohammed Atta estava a bordo do avião que chocou contra a torre norte. Poucos dias depois, quando o WTC estava feito num monte de ruínas fumegantes, um polícia descobriu o passaporte intacto do pirata. Tudo foi destruído, excepto a prova essencial.
Essa prova parecia pouco credível, por isso, a administração Bush transmitiu imagens de uma câmara de vigilância mostrando Atta e o seu companheiro al-Omari embarcando. Essas imagens foram bem filmadas a 11 de Setembro de 2001, mas no aeroporto de Portland! E não no de Boston, de onde descolou o voo AA11.
Nunca curto nas ideias, o Sunday Times, de Rupert Murdoch, em 2006, publicou um vídeo cordialmente cedido pelo Departamento de Defesa, datado de 2000, mostrando Atta no Afeganistão num acampamento de Osama bin Laden.
O exame da lista oficial dos terroristas suicidas não cansa de surpreender. Alguns deles se manifestaram após os ataques. Por exemplo, Walid al-Asher, que teria feito parte da equipa de Atta no voo AA11, é um piloto de avião da Royal Air Marrocos. Vive em Casablanca, onde deu várias conferências de imprensa, até á altura em que o palácio real lhe pediu para ser mais discreto. No entanto 13 dos 19 alegados terroristas são mercenários que já participaram em operações terroristas conduzidas pelo príncipe Bandar bin Sultan, em nome da CIA no Afeganistão, Bósnia-Herzegovina e / ou na Rússia. Trata-se de Khalid Almihdhar, os irmãos Nawaf e Salem Alhazmi, Ahmed Alhaznawi, Ahmed e Hamza Alghamdi, Wail, Waleed e Mohand Alshehri, Ahmed Alnami, Fayez Ahmed Banihammad, Majed Moqed. Lutaram tanto pelo Emirado islâmico dos Talibã como pelo da Ichkeria. O príncipe Bandar foi nomeado embaixador da Arábia Saudita em Washington, pelo rei Fahd, quando este subiu ao trono em 1982 após o assassinato de seu antecessor por um príncipe viciado em drogas e armado pela CIA. Ele manteve essa posição até á morte do monarca, em 2005. Rapidamente considerado por George Bush pai como um filho adoptivo, ele é conhecido em todo o mundo árabe pelo apelido de «Bandar Bush». Com muita facilidade, ele conseguiu durante mais de vinte anos gerir o lamaçal alimentado pela CIA com propinas e subornos, à margem de contratos de armamento, como o conhecido contrato al-Yamamah envolvendo as mais altas personalidades do Reino Unido. Ele também recrutou mercenários nos círculos islâmicos para todos os tipos de operações encobertas no mundo muçulmano, desde Marrocos até Xinqiang, na China.
Escondendo as questões sobre os alegados terroristas, a administração Bush preferiu centrar o debate sobre a personalidade de Osama bin Laden. O menino de ouro da Arábia Saudita era o irmão de Salem bin Laden, o parceiro em Houston de George W. Bush na companhia petrolífera Harken Energy. Ele tinha sido contratado em Beirute pelo Conselheiro de Segurança Nacional, Zbigniew Brzezinski no final dos anos 70. Depois ele juntou-se á Liga Anticomunista mundial e organizado o financiamento dos mujahedin contra os soviéticos no Afeganistão. A sua «Legião Árabe» foi usada mais tarde noutros teatros de operação, particularmente na Bósnia-Herzegovina. Depois de ter sido uma personalidade do jet set, a CIA forjou-lhe uma imagem de religioso fanático que serviria mais tarde de protecção para as acções do Príncipe "Bandar Bush". Alguns islamistas não concordavam estar sob uma monarquia corrupta e insultuosa de Fahd, no entanto valorizavam o facto de seguir a personagem Osama bin Laden que tinha uma retórica fundamentalista e anti-ocidental. "O xeque Osama", sempre foi uma parte importante da CIA no tabuleiro do Médio Oriente. Um chefe de Estado árabe contou em detalhes a quem escreve estas linhas como ele o havia visitado no verão de 2001 no American Hospital no Dubai, onde se submeteu a um tratamento rigoroso devido aos seus rins. Segundo esta testemunha privilegiada, Bin Laden estava a receber pessoas na presença dos seus colegas da CIA.
Em 2001, Osama bin Laden era desconhecido do público norte-americano, com excepção dos fãs de Chuck Norris que tinham visto o filme "Ground Zero". Durante 8 anos a administração Bush filtrou á imprensa uma série de cassetes de áudio e vídeo do «xeque» Osama para relançar o drama da guerra contra o terrorismo.
Numa das cassetes mais famosas ele reivindica ter calculado como dois Boeings poderiam causar o colapso das torres gémeas e também de ter ordenado que o avião se despenhasse contra o Pentágono. Duas façanhas que sabemos hoje serem do imaginário.
Em 2007, o Instituto Suíço da Inteligência Artificial Dalle Molle, considerados como tendo a melhor experiência do mundo em vídeo e reconhecimento de voz, estudou todas as cassetes disponíveis de Osama bin Laden. Concluíram com toda a certeza de que todos os registos após o 11 de Setembro de 2001 são falsos. Isto inclui a cassete das confissões.
Existe um exército nos EUA?
Esta acumulação de evidências invalidam a teoria oficial do governo Bush que não pode esconder o mais incongruente: durante este dia terrível, «o maior exército do mundo» pareceu impotente ou ausente.
Embora o procedimento de intercepção exija que os caças devam obter contacto visual com aviões sequestrados em minutos, nenhum deles conseguiu aproximar-se de sequer um deles. Instado a explicar essa negligência e responsabilidade, o general Richard Myers, chefe adjunto do estado-maior, que assegurava a permanência enquanto o seu superior estava de viagem à Europa, começou a gaguejar perante os parlamentares. Ele foi incapaz de se lembrar da sua agenda pessoal e só se pôde contradizer.
No entanto, o exército estava em alerta naquele dia. Tinha planejado o seu maior exercício anual: vigilância global. Refere-se a um jogo de guerra que simula um ataque de bombardeiros russos passando pelo Canadá. O exercício mobilizou toda a força aérea e todos os meios de vigilância por satélite dos EUA. Foi conduzido a partir da base de Offutt onde Warren Buffet e seus amigos do WTC se encontravam, e onde o presidente Bush apareceu durante a tarde.
Naquele dia, mais do que qualquer outro, os aviões militares estavam no ar, os seus satélites estavam posicionados e o estado-maior estava de alerta observando aviões civis para evitar acidentes. O exército americano não se encontrava sozinho em pé de guerra. As grandes potências estavam igualmente em alerta, observando e avaliando a demonstração do poder dos EUA. Quando o desastre se abateu sobre os Estados Unidos, cada um buscou compreender a origem e seguir as peripécias.
Na Rússia, o presidente Vladimir Putin tentou de urgência entrar em contacto com o seu homólogo para lhe garantir que Moscovo não estava de nenhuma maneira envolvido nestes crimes e, assim, evitar uma agressão indevida. Mas o presidente Bush recusou-se a atender á chamada, como se essa confirmação parecesse desnecessária. O Chefe do Estado-Maior russo naquela altura, o general Leonid Ivashov, encomendou estudos sobre as falhas existentes nessa história, á medida que eram identificadas. Foi o facto do rápido colapso vertical das torres gémeas que fez com que os seus especialistas ficassem convencidos de que o cenário oficial foi uma farsa escondendo uma grande encenação. Três dias depois dos ataques, ele reconstituiu boa parte do drama e chegou a afirmar de que se tratava de um conflito interno entre os dirigentes dos EUA. Segundo ele, a operação foi patrocinada por uma facção do complexo militar/industrial dos EUA e conduzida por uma empresa militar privada.
A revolta das mentes
Submetidas a uma pesada propaganda, incluindo lutos nacionais em alguns países e minutos de silêncio obrigatórios na União Europeia, a opinião pública ocidental estava atordoada, incapaz de reflectir sobre os eventos. Já o som das botas ecoava a caminho do Afeganistão.
O autor destas linhas começou a publicar uma série de artigos na internet questionando a versão oficial. Publicados pela primeira vez em francês, foram traduzidos em muitas línguas e criaram um debate. Um livro de resumo, 11de setembro de 2001. Una terrível farsa, lançado seis meses depois e traduzido para 28 línguas iniciou um movimento de protesto. Na Alemanha, o ex-ministro Andreas von Bülow, em Portugal, o ex-diretor regional da CIA, Oswald LeWinter, o cientista político britânico Nafeez Mosaddeq Ahmed, o historiador norte-americano Webster Tarpley que publicava novos artigos esclarecedores. A contestação seguiu simultaneamente duas direcções. O autor destas linhas fez campanha por todo o mundo, reunindo-se com os maiores responsáveis políticos, diplomáticos e militares e mobilizando instituições internacionais. Esta acção contribuiu para explicar o plano neoconservador de «choque das civilizações» e para limitar o seu efeito letal.
Por outro lado, nos Estados Unidos, as famílias das vítimas, depois de amaldiçoar a contestação, começaram a fazer perguntas e a exigir uma investigação. A administração Bush ameaçou os desordeiros, como o multimilionário Jimmy Walter forçado ao exílio, bloqueando qualquer acção da parte do Congresso e formou uma Comissão Presidencial. Foi emitido um relatório que concluiu sem surpresas a inocência da administração e a culpa da Al-Qaeda, mas não divulgava as «informações claras e indiscutíveis», conforme esperado. Amadores realizaram montagem de vídeo para se visualizarem as incoerências da versão oficial e foram publicados na Internet, como o célebre Loose Change. Associações profissionais dedicadas á Verdade do 11 de Setembro foram constituídas : com arquitectos e engenheiros, bombeiros, advogados, médicos, religiosos estudiosos, artistas, políticos. Eles são hoje dezenas de milhares de membros e convenceram já a maioria dos seus concidadãos que Washington mentiu. Eles encontraram um líder, professor de lógica e teologia David Ray Griffin.
A propaganda oficial anglo-saxónica interveio no sentido de limitar os efeitos desta contestação. Primeiro, arranjou uma forma para que o público ocidental não soubesse nada acerca do debate de escala mundial. Nenhuma das declarações de Chefes de Estado e de Governo estrangeiros expressando dúvidas foram publicadas pela imprensa ocidental, isolando do resto do mundo com uma nova Cortina de Ferro. Em segundo lugar, os manifestantes ocidentais têm sido retratados ou como iluminados ou como semelhantes á amedrontadora extrema-direita anti-semita.
A eleição do presidente Obama não fez evoluir o debate. O site da Casa Branca, que instou os cidadãos dos EUA a dar voz às suas preocupações, foi inundado por e-mails solicitando a abertura de um inquérito judicial sobre o 11 de Setembro. Ele respondeu laconicamente: a nova administração quer olhar para o futuro e não agitar as dores do passado.
Durante a sua campanha eleitoral, Barack Obama fez rever antecipadamente todos os seus discursos por Benjamin Rhodes, um jovem escritor, que foi editor do relatório da Comissão Presidencial Kean-Hamilton. Ele garantiu que nenhuma referência ao 11 de Setembro ou dos seus protagonistas pudesse abrir a caixa de Pandora. Rhodes está hoje na Casa Branca e presida no Conselho de Segurança Nacional. Suplicou-se a todos os membros da administração de Obama a renunciar a qualquer expressões feitas no passado sobre dúvidas relativas á a versão oficial. O conselheiro principal Van Jones, recusou-se a abjurar e foi forçado a demitir-se.
No entanto, eventos de maior importância hoje fazem com que se possa obter um esclarecimento sobre os ataques. O rei Fahd morreu em Agosto de 2005. O rei Abdullah sucedeu-lhe e tem procurado progressivamente afrouxar os laços sufocantes do reino saudita com os Estados Unidos. Inicialmente, o príncipe Bandar tornou-se conselheiro de segurança nacional, mas as suas relações com o rei se deterioraram. Finalmente, no início do verão de 2009, Bandar tinha imprudentemente tentado liquidar o monarca e tentado colocar no trono o seu pai Sultan. Desde então não tem havido notícias de «Bandar Bush» e cerca de 200 membros do seu clã, uns foram exilados com ele para Marrocos e outros foram presos. As línguas poderiam agora soltar-se.
Tradução: David Lopes
Thierry Meyssan é Intelectual francês, presidente-fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. As suas análises sobre política externa publicam-se na imprensa árabe, latino-americana e russa. Última obra em francês: L’Effroyable imposture: Tome 2, Manipulations et désinformations (ed. JP Bertrand, 2007). Última obra publicada em Castelhano (espanhol): La gran impostura II. Manipulación y desinformación en los medios de comunicación (Monte Ávila Editores, 2008).
http://www.voltairenet.org/article162258.html
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