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Bancos investem na produção de bombas de fragmentação

por Lusa

Diário de Notícias - 25 Maio, 2011

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1861272&seccao=Europa

Mais de 160 instituições financeiras privadas e públicas, entre as quais grandes bancos europeus, continuam a investir em fabricantes de bombas de fragmentação, apesar da sua proibição, denunciaram hoje em Bruxelas uma ONG belga e outra holandesa.

Desde 1 de Maio de 2008, os bancos em causa, 73 dos quais norte-americanos, investiram um total de 39 mil milhões de dólares em oito empresas produtoras de bombas de fragmentação, afirmam a ONG belga Netwerk Vlaanderen e a holandesa IKV Pax Christi num relatório intitulado Os investimentos mundiais em bombas de fragmentação, uma responsabilidade partilhada. As bombas de fragmentação ao deflagrarem libertam centenas de pequenos engenhos explosivos que se dispersam por uma vasta área e representam um sério risco para os civis.

As duas organizações não governamentais assinalam ainda que 26 instituições financeiras da União Europeia têm interesses financeiros que ultrapassam os três mil milhões de dólares em actividades de produtores de bombas de fragmentação. Grandes bancos europeus, como o Deutsche Bank (Alemanha), o Royal Bank of Scotland (Reino Unido) e a Société Générale (França), financiam a produção daquelas armas proibidas, sublinha o relatório. Ao contrário, algumas instituições bancárias (num total de 23, das quais 22 europeias) abstêm-se de financiar bombas de fragmentação, congratulam-se as ONG. Entre estas estão a italiana Banca Ética e a neo-zelandesa NZ Superannuation Fund.

"Apelamos aos Estados membros da UE e aos líderes políticos para adoptarem uma lei que proíba este tipo de investimento mortífero", afirmou Esther Vandenbroucke, autora do relatório, durante uma conferência de imprensa. O tratado internacional contra as bombas de fragmentação, que entrou em vigor a 1 de Agosto de 2010 e foi ratificado por 57 países, proíbe nomeadamente que se contribua para a produção de armas que visam sobretudo os civis. Um total de 128 instituições financeiras que investem em bombas de fragmentação são de países que não assinaram o tratado, como os Estados Unidos, a Rússia, China, Singapura, Coreia do Sul e Taiwan.

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1861272&seccao=Europa

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