Sobre Trump
por Sylvain Laforest | OrientalReview.org
NO WAR NO NATO - 15 de novembro, 2019
https://nowarnonato.blogspot.com/2019/11/pt-sylvain-laforest-sobre-trump.html
É o momento certo para todos compreenderem o que Donald Trump está a fazer e tentar decifrar a ambiguidade de como ele está a fazê-lo. O Presidente polémico tem uma agenda muito mais clara do que qualquer um pode imaginar, quer em política estrangeira, quer nos assuntos internos, mas como ele tem de permanecer no poder ou mesmo permanecer vivo para alcançar os seus objectivos, a sua estratégia é tão refinada e subtil que quase ninguém consegue vê-la. O seu objectivo total é tão ambicioso que ele precisa seguir cursos elípticos imprevistos, para ir do ponto A ao ponto B, usando padrões que afastam as pessoas da compreensão do homem. Isso inclui a maioria dos jornalistas independentes e os chamados analistas alternativos, assim como os principais editores de notícias falsas do Ocidente e uma grande maioria da população.
Sobre a sua estratégia, eu poderia fazer uma analogia rápida e precisa com a medicação: a maioria das pílulas é preconcebida para curar um problema, mas vem com uma série de efeitos secundários. Bem, Trump está a usar medicamentos apenas para os efeitos colaterais, enquanto a primeira intenção da pílula é o que o mantém no poder e vivo. No final deste artigo, verão que esta metáfora se aplica a praticamente todas as decisões, movimentos ou declarações que ele fez. Quando compreenderem o que é Trump, poderão apreciar a presidência extraordinária que ele está a conduzir, como nenhum antecessor chegasse, de perto, a igualar.
Para começar, vamos esclarecer o único aspecto da sua missão que é sério e terrivelmente directo: ele é o primeiro e o único Presidente americano a abordar a pior falha colectiva da Humanidade, a ignorância total da realidade. Visto que as empresas e agências da comunicação social e a educação são controladas por um punhado de bilionários que governam o planeta, não sabemos nada sobre a nossa História, que foi distorcida pelos vencedores e não temos ideia do mundo actual. Ao entrar na arena política, Donald popularizou a expressão “fake news”/notícias falsas, para convencer os cidadãos americanos e também a população mundial, de que as agências da comunicação social mentem sempre para vós. Agora, a expressão tornou-se um lugar comum, mas percebem o quão profundamente chocante é o facto de que quase tudo o que pensam que sabem, é totalmente falso? As mentiras mediáticas não abrangem só a História e a política, mas moldaram a vossa percepção falsa em assuntos como economia, alimentação, clima, saúde, em tudo. E se eu vos disser que sabemos exactamente quem atirou, a partir da colina relvada, sobre JFK, que o conhecimento prévio do ataque a Pearl Harbor foi provado em tribunal, que o efeito estufa do CO2 é cientificamente absurdo, que o nosso dinheiro é criado através de empréstimos de bancos que nem sequer têm esse dinheiro, ou que a ciência prova com 100% de certeza que o 11 de Setembro foi uma operação interna? Já escutaram um jornalista, um documentário da PBS ou um Professor universitário a falar sobre esses assuntos? 44 presidentes estiveram no poder e passaram sem sequer levantar uma palavra sobre esse enorme problema, antes de surgir o 45º Presidente. Trump sabe que libertar as pessoas desta ignorância insondável é o primeiro passo para a liberdade geral, portanto, começou a chamar os jornalistas tradicionais e os meios de comunicação pelo que eles são: mentirosos patológicos.
“Milhares de profissionais de saúde mental concordam com Woodward, escritor de opinião do New York Times: Trump é perigoso.”– Bandy X. Lee, The Conversation 2018
“A questão não é se o Presidente é louco, mas se ele é louco como uma raposa ou louco como um doente mental.”
- Masha Gessen, The New Yorker 2017
Vamos deixar uma questão clara: para o 'establishment', Trump não é mentalmente perturbado, mas é visto, definitivamente, como um possível inimigo do mundo deles. Desde que se mudou para a Casa Branca, Trump tem sido descrito como narcisista, racista, sexista e céptico em relação ao clima, carregado de histórias obscuras e problemas mentais. Embora aproximadamente 60% do povo americano não confie mais na comunicação mediática, muitos aceitaram a história de que Trump pode ser um pouco louco ou inadequado para governar e a estatística aumenta ainda mais quando você sai dos EUA. É claro que Donald não está a fazer nada de especial para mudar a percepção profundamente negativa que tantos jornalistas e pessoas têm sobre ele. Ele é declaradamente ultrajante e provocador no Twitter, parece ser impulsivo e burro na maioria das vezes, age irracionalmente, mente diariamente e lança sanções e ameaças como se fossem gulodices da sacola lateral de um elfo num ‘shopping center’ em Dezembro. Podemos destruir, de imediato, um mito persistente da comunicação mediática: a imagem que Trump está a projectar é autodestrutiva e é exactamente o oposto de como os narcisistas patológicos agem, visto que adoram ser amados e admirados por todos. Donald simplesmente não se importa se vocês gostam ou não gostam dele, o que, por definição psicológica o torna o anti-narcisista supremo. E isto nem é uma opinião, é um facto bastante simples e inegável.
O seu plano geral revela um dos seus lemas favoritos: “Vamos devolver o poder ao povo”, porque os Estados Unidos e a sua teia imperialista tecida no mundo estão nas mãos de alguns banqueiros globalistas, industriais militares e multinacionais, há mais de um século. Para concretizar o seu plano, ele precisa de acabar com as guerras no exterior, trazer de volta as crianças/jovens soldados, desmantelar a NATO e a CIA, controlar a Reserva Federal, cortar todas as ligações com os aliados estrangeiros, abolir o sistema financeiro Swift, destruir o poder de propaganda das empresas da comunicação mediática, drenar o pântano do Estado Profundo (Deep State) que administra as agências de espionagem e desactivar o ‘governo sombra’ que se esconde no Conselho de Relações Exteriores (Council on Foreign Relations) e nos departamentos da Comissão Trilateral. Em resumo, tem de destruir a Nova Ordem Mundial e a sua ideologia globalista. A tarefa é enorme e perigosa, para dizer o mínimo. Felizmente, ele não está sozinho.
Antes de abordarmos as suas técnicas e tácticas, precisamos saber um pouco mais sobre o que realmente está a acontecer no mundo.
A Poderosa Rússia
Desde Pedro, o Grande, toda a História da Rússia é uma demonstração permanente da sua vontade de manter a sua independência política e económica dos bancos internacionais e do imperialismo, pressionando essa grande nação a ajudar muitos países menores que lutam para manter a sua própria independência. A Rússia ajudou duas vezes, os Estados Unidos contra o Império Britânico/Rothschild; primeiro apoiando-os abertamente na Guerra da Independência, e novamente na Guerra Civil, quando Rothschild financiava os confederados para subjugar politicamente a nação e trazê-la de volta à cooperativa do Império colonial britânico. A Rússia também destruiu Napoleão e os nazis, ambos financiados por bancos internacionais como ferramentas para esmagar nações economicamente independentes. A independência está no seu DNA. Depois de quase uma década de oligarquia ocidental assumindo a economia da Rússia após a queda da URSS, em 1991, Putin assumiu o poder e drenou o pântano russo. Desde então, todos os movimentos que ele fez visam destruir o Império Americano, ou a entidade que substituiu o Império Americano, em 1944, que é o nome da teoria da não conspiração da Nova Ordem Mundial. O novo império é basicamente o mesmo esquema de banco central, com apenas um grupo de proprietários ligeiramente diferentes que trocaram o exército britânico pela NATO, como sendo a sua Gestapo mundial.
Até à chegada de Trump, Putin lutou sozinho contra a Nova Ordem Mundial, cuja obsessão centenária é o controlo do mercado mundial do petróleo, já que o petróleo é o sangue que corre nas veias da economia mundial. O petróleo é mil vezes mais valioso do que o ouro. Os navios de carga, os aviões e os exércitos não funcionam com baterias. Portanto, para combater os globalistas, Putin desenvolveu os melhores sistemas de mísseis ofensivos e defensivos e o resultado é que, agora, a Rússia pode proteger todos os produtores de petróleo independentes, como a Síria, a Venezuela e o Irão. Os banqueiros centrais e o governo sombra dos EUA ainda se agarram ao seu plano moribundo, porque sem uma vitória na Síria, não há como ampliar Israel, encerrando assim a fantasia secular de unir a produção de petróleo do Médio Oriente às mãos da Nova Ordem Mundial . Perguntem a Lorde Balfour, se tiverem alguma dúvida. Essa é a verdadeira aposta da guerra na Síria, é nada menos do que fazer ou morrer.
Um Século de Mentiras
Então agora, porque um governo sombra está a dar ordens directas à CIA e à NATO, em nome dos bancos e das indústrias, Trump não tem controlo sobre os militares. O Estado Profundo é um rosário de funcionários permanentes que governam Washington e o Pentágono, que só respondem às suas ordens. Se ainda acreditam que o «Comandante Chefe» está no comando, expliquem por que razão, cada vez que Trump ordenou sair da Síria e do Afeganistão, entraram mais tropas? Enquanto escrevo este texto, as tropas dos EUA e da NATO saíram das zonas curdas, foram para o Iraque e voltaram com equipamentos mais pesados para as reservas de petróleo da Síria. Donald tem muito mais para drenar do pântano antes que o Pentágono realmente ouça qualquer coisa que ele diga. Trump deveria estar indignado e denunciar em voz alta que o comando militar não se preocupa com o que ele pensa, mas isso acenderia um caos inimaginável e talvez até uma guerra civil nos EUA, se os cidadãos, que possuem cerca de 393 milhões de armas em suas casas, percebessem que os interesses particulares estão sob a alçada das forças armadas. Também levaria a uma pergunta muito simples, mas dramática: “Qual é exactamente o propósito da democracia?” Essas armas são as cercas de titânio que protegem a população de um Big Brother totalitário.
É preciso perceber quantos problemas o exército e as agências de espionagem dos EUA estão a enfrentar através da criação de operações de bandeira falsa há mais de um século, para que as suas intervenções sempre pareçam justas, em nome da promoção da democracia, direitos humanos e justiça em todo o planeta. Explodiram o navio Maine, em 1898, para entrar na guerra hispano-americana, depois o Lusitania, em 1915, para entrar na Primeira Guerra Mundial. Pressionaram o Japão para atacar Pearl Harbor, em 1941, souberam do ataque com 10 dias de antecedência e não disseram nada à base havaiana. Forjaram uma agressão com torpedos norte-vietnamitas nos seus navios, na Baía de Tonkin, para justificar o envio de tropas para o Vietname. Inventaram uma história de soldados iraquianos a destruir creches/berçários para invadir o Kuwait, em 1991. Inventaram armas de destruição em massa para atacar o Iraque novamente, em 2003, e organizaram o 11 de Setembro, para destruir a Constituição de 1789, atacar o Afeganistão e iniciar uma guerra contra o terror. Essa máscara de virtude, totalmente falsa, tem de ser preservada para controlar a opinião dos cidadãos americanos e o seu arsenal doméstico, pois precisam acreditar que usam os chapéus brancos dos ‘cowboys’ da democracia.
Então, como reagiu Trump, quando soube que as tropas americanas estavam a tornar a entrar na Síria? Ele repetiu sempre, em todas as entrevistas e declarações, que «asseguramos os campos de petróleo da Síria» e até acrescentou «Estou a pensar em enviar a Exxon para a região, para cuidar do petróleo sírio». Os neoconservadores, os sionistas e os bancos ficaram emocionados, mas a maioria ficou indignada, porque a grande maioria não percebe que Trump está a engolir esta pílula apenas pelos seus efeitos secundários. Neste único frasco, está escrito em letras pequenas que «o uso desta droga pode forçar as tropas americanas e as tropas da NATO a sair da Síria, sob pressão da comunidade mundial unida e espantar a população americana.» Trump tornou a situação insustentável para a NATO permanecer na Síria, e como ele repetiu essa posição profundamente chocante e politicamente incorrecta, mostra claramente a sua verdadeira intenção. Ele destruiu mais de um século de virtude falsa, com uma única frase.
Trump é uma anomalia histórica
Trump é apenas o quarto presidente da História dos EUA a lutar realmente pelo povo, ao contrário dos outros 41, que canalizaram, principalmente, o dinheiro do povo, num 'pipeline' de dólares que acaba nos bancos privados. Primeiro, foi Andrew Jackson, morto a tiros depois de destruir o Segundo Banco Nacional, que ele acusou abertamente de ser controlado pelos Rothschild e pela City, de Londres. Depois, Abraham Lincoln, que foi assassinado depois de imprimir as suas “verdinhas”, dinheiro nacional que o Estado emitiu para pagar aos soldados, porque Lincoln se recusara a pedir emprestado o dinheiro de Rothschild, com juros de 24%. Seguidamente, JFK, que foi morto por uma dúzia de razões que contrariam principalmente os lucros dos bancos e das indústrias militares, e agora é Donald Trump, que gritou aos quatro ventos, que ele «iria devolver a América ao povo».
Como a maioria dos empresários, Trump odeia os bancos pelo poder formidável que eles têm sobre a economia. Leiam o único livro de Henry Ford, “O Judeu Internacional”, para descobrir quão profunda era a sua desconfiança e ódio pelos bancos internacionais. Os negócios de Trump sofreram muito, devido a essas instituições que, basicamente, vendem um guarda-chuva para vocês, para recuperá-lo logo que chove. O controlo dos bancos privados sobre a criação de dinheiro e as taxas de juros, através de todos os bancos centrais de quase todos os países, é um poder permanente sobre as nações, muito acima do ciclo efémero dos políticos. No ano 2000, esses saqueadores da nação estavam a poucos passos do seu sonho totalitário planetário, mas alguns pormenores pararam esse acontecimento: Vladimir Putin e 393 milhões de armas americanas. Depois veio o Donald de rosto laranja, a última peça do quebra-cabeça que nós, o povo, precisávamos para acabar com 250 anos de império bancário.
Técnicas e tácticas
No início de seu mandato, Trump tentou ingenuamente a abordagem directa, cercando-se de rebeldes do 'establishment' como Michael Flynn e Steve Bannon, irritando cada um e todos os seus aliados estrangeiros, destruindo os tratados de comércio livre, impondo impostos sobre as importações e insultando-os na cara deles nas reuniões do G7, de 2017 e 2018. A reacção foi forte e todos duplicaram o absurdo do Russiagate, pois parecia a única opção para travar o homem no seu caminho de destruição do globalismo. Previsivelmente, a abordagem directa não levou a lugar algum; Flynn e Bannon tiveram de se afastar e Trump foi envolvido em algumas investigações que o fizeram perceber que não conseguiria nada com transparência. Teve de encontrar uma maneira de aniquilar as pessoas mais perigosas do planeta, mas, ao mesmo tempo, permanecer no poder e vivo. Teve de se acalmar.
Foi quando o seu génio explodiu no mundo. Mudou completamente a sua estratégia e abordagem e começou a tomar decisões absurdas e a twittar declarações ultrajantes. Por mais ameaçadoras e perigosas que alguns delas parecessem, Trump não as usou pelo significado de primeiro grau, mas estava a visar os efeitos genuínos de segundo grau, que os seus movimentos teriam. Não se importava com o que as pessoas pensavam dele pelo que fazia, pois os resultados só contam no final. Até brincava de fanfarrão no Twitter, parecia ingénuo, lunático ou completamente idiota, talvez na esperança de espalhar a crença de que ele não sabia o que estava a fazer e que não podia ser tão perigoso. Ele está a ser, deliberadamente, politicamente incorrecto para mostrar o rosto feio que os Estados Unidos estão a esconder atrás das suas máscaras.
O primeiro teste da sua nova abordagem foi tentar parar o crescente perigo de um ataque e invasão da Coreia do Norte pela NATO. Trump insultou Kim Jung-Un através do Twitter, chamou-o de Rocket Man e ameaçou destruir a Coreia do Norte. O seu furioso erro político continuou durante semanas até que afundou na mente de todos, que não eram boas razões para atacar um país. Ele paralisou a NATO. Trump então conheceu o Rocket Man e caminharam no parque, dando início a uma bela amizade, rindo juntos, enquanto não realizavam absolutamente nada nas suas negociações, uma vez que não tinham nada para negociar. Muitos estavam a falar sobre o Prémio do Nobel da Paz, porque muitos não sabem que, geralmente, é entregue a criminosos de guerra como Obama ou Kissinger.
Depois veio a Venezuela. Trump levou sua táctica um passo adiante, para garantir que ninguém pudesse apoiar um ataque ao país livre. Colocou os piores neoconservadores disponíveis no caso: Elliott Abrams, anteriormente condenado por conspiração no acordo Irão-Contras, nos anos 80, e John Bolton, famoso militarista de primeiro grau. Trump então confirmou Juan Guaido como a sua escolha para Presidente da Venezuela; um boneco vazio tão burro que ele nem consegue ver o quanto está a ser usado. Mais uma vez, Trump ameaçou queimar o país em escombros, enquanto a comunidade mundial observava com admiração a total falta de subtileza e diplomacia no comportamento de Trump, com o resultado do Brasil e da Colômbia recuarem e dizerem que não queriam nada com um ataque à Venezuela. O medicamento de Trump deixou só 40 países satélites em todo o mundo, com Presidentes e Primeiros Ministros suficientemente mortos cerebralmente para apoiar timidamente Guaido, o bobo da corte. Donald marcou a caixa ao lado da Venezuela na sua lista e continuou a rolar para baixo.
Depois vieram os dois presentes para Israel: Jerusalém como capital e as Colinas de Golã, na Síria, como posse confirmada. Netanyahu, que tem pouca inteligência, pulou de alegria e todos gritaram que Trump era um sionista. O resultado real após o efeito foi que todo o Médio Oriente se uniu contra Israel, que ninguém mais pode apoiar. Até o seu cúmplice histórico, a Arábia Saudita, teve que desaprovar abertamente esse enorme bofetada na cara do Islão. Os dois presentes de Trump foram, na verdade, facadas nas costas no Estado de Israel, cujo futuro não parece muito brilhante hoje em dia, já que a NATO terá de sair da região. Verifiquem novamente.
Como a realidade se desmorona
Mas há mais! Com a sua falta de controlo sobre a NATO e o exército, Trump está muito limitado nas suas acções. À primeira vista, a excelente multiplicação de sanções económicas em países como a Rússia, a Turquia, a China, o Irão, Venezuela e outras nações parece dura e impiedosa, mas a realidade dessas sanções empurrou esses países para fora do sistema financeiro Swift, projectado para manter as nações escravizadas através da hegemonia do dólar e todos estão a escapar às garras dos bancos internacionais. Forçou a Rússia, a China e a Índia a criar um sistema alternativo de pagamentos comerciais com base nas moedas nacionais, em vez do todo-poderoso dólar. A realidade bipolar do mundo agora é oficial e, com as suas próximas sanções, Trump empurrará mais países para fora do sistema Swift para se juntar ao outro lado, enquanto bancos importantes estão a começar a cair na Europa.
Mesmo no furacão político em que Trump está, ele ainda encontra tempo para mostrar o seu humor arrogante quase infantil. Vejam a sua zombaria grandiosa de Hillary Clinton e Barack Obama, quando ele se sentou com os generais mais sérios que pôde encontrar, para tirar uma foto na chamada “Sala da Situação”, enquanto fingiam a supervisão da morte de Baghdadi em algum lugar onde ele não poderia estar, exactamente como os seus predecessores criminosos fizeram há muito tempo com a falsa morte de Bin Laden. Até ampliou a farsa para adicionar os detalhes de um cachorro que reconheceu o falso califa do Daesch, ao cheirar a sua roupa interior. Agora que vocês percebem quem Trump realmente é, também poderão apreciar o programa, em todo seu esplendor e verdadeiro significado.
«Asseguramos os campos de petróleo da Síria». De facto, com esta frase curta, Trump uniu a sua voz à do General Smedley Butler, que abalou o mundo há 80 anos com um pequeno livro chamado “Guerra é uma roubalheira”. Saquear e roubar petróleo definitivamente não é tão virtuoso como promover a democracia e a justiça. O que me surpreende são os inúmeros jornalistas e analistas “alternativos”, que conhecem na ponta dos dedos todos os problemas técnicos do 11 de Setembro, ou a realidade científica da absurda história do aquecimento global, mas ainda não têm ideia do que Trump está a fazer, após três anos no seu mandato, porque eles compraram a grande comunicação mediática que convenceu todos de que Trump é um doente mental.
Para aqueles que ainda têm dúvidas sobre a agenda de Trump, acreditam realmente que a implosão óbvia do Imperialismo Americano no planeta é uma coincidência? Ainda acreditam que é devido à influência russa nas eleições de 2016 que a CIA, o FBI, todos os medias, o Congresso Americano, a Reserva Federal, o Partido Democrata e a metade belicista dos republicanos estão a trabalhar contra ele e que estão até a tentar destituí-lo? Como a maioria das coisas que saem na comunicação mediática, a realidade é exactamente o oposto do que vos estão a dizer: Trump pode ser o homem mais dedicado que pôs os pés na Sala Oval. E certamente o mais ambicioso e o mais politicamente incorrecto.
Conclusão
O mundo mudará drasticamente entre 2020 e 2024. O segundo e último mandato de Trump coincide com o último mandato de Putin como Presidente da Rússia. Pode nunca haver outra coincidência como esta, durante muito tempo, e ambos sabem que é agora ou talvez nunca. Juntos, eles têm de acabar com a NATO, com o sistema Swift e a União Europeia deve desmoronar. O terrorismo e o aquecimento global antropogénico saltarão no vórtice e desaparecerão com os seus criadores. Trump terá que drenar o pântano, na CIA e no Pentágono, e tem de nacionalizar a Reserva Federal. Junto com Xi e Modi, poderiam pôr um fim ao sector bancário privado nos assuntos públicos, ao recusar-se a pagar um único centavo das suas dívidas e redefinir a economia mundial mudando para as moedas nacionais produzidas pelos governos, pois os bancos privados cairão com um efeito dominó, sem mais servos do tipo Obama para salvá-los à vossa custa. Logo que estas medidas sejam efectivadas, paz e prosperidade insuperáveis podem percorrer o planeta, pois os nossos impostos serão aplicados no desenvolvimento dos nossos países, em vez de comprar equipamentos militares inúteis e pagar juros de empréstimos de banqueiros que, sobretudo, nem sequer tinham dinheiro.
Se ainda não compreendem Donald Trump depois de ler o texto acima, é inútil. Ou vocês podem ser Trudeau, Macron, Guaido ou qualquer outro idiota útil, desconhecedor de que o tapete sob os seus pés já se escapuliu.
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Sylvain Laforest trabalhando como diretor de documentários e jornalista de TV por 25 anos, publicou em 2016 La Déprogr@mmation (apenas em francês) sobre desinformação da mídia, e seu segundo livro Wars and Lies foi lançado em 2018 com o selo Progressive Press.
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