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Vladimir Zelensky, herói russo

por Dmitry Orlov (pt-BR) | Club Orlov

Comunidad Saker Latinoamérica - 7 de junho, 2023

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Durante seu mandato como presidente da (o que resta da) Ucrânia, Zelensky destruiu a Ucrânia, mas conquistou muitas coisas boas… para a Rússia. Aqui estão suas principais realizações em nenhuma ordem particular:

Ao ser eleito com a promessa de encerrar as hostilidades e, imediatamente, proceder à escalada do conflito no leste, ele comprometeu completamente o que restava da democracia ucraniana. Ele demoliu ainda mais o domínio cívico da Ucrânia ao proibir todos os meios de comunicação públicos, exceto um canal do governo, proibindo toda a oposição e todas as fontes de notícias russas e, de fato, estabelecendo uma ditadura totalitária.
Ao bombardear implacavelmente os civis nas regiões agora russas de Donetsk e Lugansk e, na primavera de 2022, ameaçá-los com um ataque genocida, ele forneceu à Rússia uma razão infalível para iniciar a Operação Militar Especial: salvar vidas civis. Ao fazer isso, ele ajudou a expandir o território russo em quatro províncias muito valiosas (Donetsk, Lugansk, Zaporozhye e Kherson) e preparou o terreno para a eventual adição de, entre outras, as regiões de Nikolaev, Odessa, Kharkov e Kiev.
Ele desperdiçou $ 150 bilhões em ajuda externa (muito disso pelo simples expediente de roubá-lo), gastou uma enorme quantidade de equipamento militar e munição sem nada para mostrar e matou 350 mil soldados ucranianos (muitos deles criminosos de guerra nazistas) , com possivelmente o dobro de feridos.
Ele encolheu a população de seu país quase pela metade, parte dela se mudando para a Rússia, tornando-se cidadãos russos e integrando-se produtivamente à população russa, enquanto o restante foi para a União Européia, tornando-se um grande fardo para os orçamentos de bem-estar social dos países da UE.
Ao ordenar que as tropas ucranianas bombardeassem escolas, creches, hospitais e prédios de apartamentos em regiões russas universalmente reconhecidas, como Belgorod, e ao lançar ataques de drones diretamente no Kremlin, ele declarou que seu governo era uma organização terrorista, eliminando qualquer possibilidade de forçar a Rússia a negociar uma paz que não seja inteiramente em seus próprios termos.
Ele demonstrou a superioridade das armas e técnicas militares russas sobre as da OTAN, mais recentemente com a destruição pela Rússia de uma das baterias de mísseis Patriot fornecidas pelos EUA. Quase todos os equipamentos que o Ocidente foi capaz de fornecer aos ucranianos mostraram-se inferiores aos de sua contraparte russa.
Ele deu ao exército russo amplas oportunidades para aperfeiçoar suas técnicas para derrotar as forças da OTAN, aventurando-se em novas áreas de guerra com drones e vigilância do campo de batalha a partir de satélites geoestacionários. Sem dúvida, isso será muito útil tanto para se opor à OTAN quanto para impulsionar futuras vendas de armas para nações não ocidentais que desejam se livrar da opressão e intromissão ocidentais.
Ele vendeu algumas das armas que recebeu dos EUA para cartéis de drogas mexicanos, deixando as autoridades americanas sem outra escolha a não ser fechar os olhos e fingir que isso não aconteceu. Talvez eles também sejam forçados a olhar para o outro lado, pois esses cartéis fazem uso dessas armas para assumir cada vez mais cidades e vilas dos EUA.
Ele hospedou muitos funcionários ocidentais de alto escalão, a quem, em sua visita a Kiev, presenteou com presentes luxuosos, como malas com dinheiro da ajuda externa que havia lavado, que esses funcionários trouxeram para casa na bagagem diplomática, coletando assim material de chantagem sobre todos eles.
Ele deu um exemplo para outros judeus russos cujo azar os levou a acabar na Ucrânia, em vez de na Rússia, ao reassentar seus pais em um bairro chique de Israel. Mas ele manteve sua esposa ao seu lado, onde ela fez um bom trabalho desmoralizando a população ucraniana ao desperdiçar mais dinheiro em uma única maratona de compras na Europa do que a maioria dos ucranianos veria em várias vidas, tudo pago pelo contribuinte dos EUA. Ela também trabalhou duro para iluminar as autoridades ocidentais, fazendo-as aceitar pelo valor de face, e repetir, histórias ridículas, como aquela sobre tropas russas recebendo viagra, para que estuprassem mulheres ucranianas.
Zelensky às vezes é imprudente; por exemplo, ele foi pego nomeando agentes do Serviço de Segurança Federal da Rússia (ex-KGB) para cargos sensíveis dentro do estabelecimento de defesa ucraniano, embora não esteja claro se o que restou do judiciário ucraniano será capaz de processá-lo.
Uma de suas maiores conquistas foi colocar os EUA e a OTAN em zugzwang. Este é um termo de xadrez para uma situação em que um jogador pode escolher entre vários movimentos, todos os quais levam à derrota. Os EUA e a OTAN podem continuar apoiando a Ucrânia ou podem parar de apoiar a Ucrânia; em ambos os casos, eles perderão.
Talvez sua maior conquista tenha sido ajudar a Rússia a se afastar de seus vizinhos hostis no Ocidente e se voltar para países amigos na Ásia, Oriente Médio, África e América Latina, cortando seus laços econômicos, financeiros e culturais com o Ocidente e libertando-se das influências ocidentais. Seu apoio inabalável aos nazistas ucranianos, cujos emblemas, insígnias e slogans são inspirados na Alemanha nazista e cujos heróis são colaboradores nazistas, juntamente com o generoso apoio que receberam do Ocidente, cujos líderes escolheram fechar os olhos para suas tendências fascistas, consolidaram a visão dos russos do Ocidente como seu inimigo existencial: uma entidade fascista e racista determinada a destruir a Rússia, mas fraca e covarde demais para fazer o trabalho por conta própria.
Tudo isso levanta uma questão: a quem serve Vladimir Zelensky? A resposta parece óbvia: Vladimir Zelensky serve a Rússia. Isso faz sentido, já que ele é, de fato, russo. Mais especificamente, ele é um judeu russo, mas os judeus russos, como acontece com todas as outras etnias russas, são russos em primeiro lugar e judeus em segundo lugar. Sua língua nativa é o russo e ele só aprendeu ucraniano (além do inglês) depois de se tornar presidente, como parte de seu treinamento no trabalho. Ele é culturalmente russo e, antes de se tornar presidente, seus atos cômicos eram bastante populares entre os russos, tanto na (antiga) Ucrânia quanto na própria Rússia. Ele é notavelmente não engraçado tanto em ucraniano (que ele fala razoavelmente) quanto em inglês (que ainda é bastante roteirizado e afetado). Obviamente, não é aí que está seu coração.
Pelos feitos heróicos de Vladimir Zelensky a serviço da Rússia, gostaria de recomendar que Vladimir Putin o declarasse Herói da Federação Russa e o presenteasse com a mais alta condecoração da Rússia, a Estrela Dourada… talvez postumamente, mas muitas vezes é o destino de Heróis russos, morrerem heroicamente a serviço de seu país.

by Quantum Bird

Dmitry Orlov, nascido em 1962 em Leningrado (hoje São Petersburgo), é um engenheiro russo-estadunidense e escritor sobre temas relacionados com “o potencial declive económico, ecológico, político e o colapso nos Estados Unidos”, ao que ele chamou de “crise permanente”. Orlov argumenta que esse colapso será o resultado de enormes orçamentos militares, do déficit do governo, de um sistema político irresponsável e do declínio progressivo da produção de petróleo

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