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"Quem votar a favor de ‘reformas’ superficiais, hoje, nos EUA, vota errado"

Obama é alvo de investigação criminal

por Eric Zuesse | Strategic Culture Foundation

Bacurau - 2 de janeiro, 2020

https://bbacurau.blogspot.com/2020/01/quem-votar-favor-de-reformas.html

"Muito frequentemente, só uma minoria vê acertadamente. Ver acertadamente não é coisa que se possa avaliar por métricas de minorias e maiorias: é uma questão de verdade ou falsidade.

Opinião pública mal informada pode participar voluntariamente da própria destruição”


O ex-presidente dos EUA Barack Obama está agora sob grave acusação criminal, depois que a investigação do caso conhecido como Russiagate sofreu reviravolta de 180 graus, e Obama, não o atual presidente Donald Trump, entrou no alvo da investigação.

O mais grave crime que um presidente dos EUA pode cometer é tentar impor qualquer tipo de derrota à democracia norte-americana como tal (ao funcionamento constitucional do governo dos EUA), seja por trabalhar com potências estrangeiras contra a democracia dos EUA, seja por trabalhar internamente, dentro dos EUA para sabotar a democracia por razões pessoais do próprio presidente/presidenta. De um modo ou de outro é crime de traição (crime praticado com a intenção, e que realiza essa intenção, de desencaminhar o funcionamento regular da própria Constituição*). E o ex-presidente Obama está agora sendo ativamente investigado, sob suspeita de ter cometido crime de traição.

A investigação conhecida como “Russiagate”, que antes focou o atual presidente dos EUA, mudou de direção e agora está focada no presidente que o antecedeu. Embora, claro, o ex-presidente não possa ser removido do cargo, mesmo assim pode ser acusado de ter cometido crime como qualquer outro norte-americano seria acusado, se tivesse cometido crime no tempo em que desempenhou função pública.

Ordem datada de 17 de dezembro, emitida pelo Tribunal FISA (que julga crimes definidos pela Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira, ing. Foreign Intelligence Surveillance Act) condenou severamente o desempenho do FBI do governo Obama, por ter extraído daquela mesma corte, dia 19 de outubro de 2016 (de fato, ainda antes da eleição presidencial nos EUA), servindo-se de argumentos falsos, uma autorização para que o FBI começasse a investigar a campanha eleitoral presidencial de Donald Trump, sob o pretexto de que haveria uma possível colusão com o governo da Rússia. A decisão do Tribunal FISA dizia [aqui, tradução de trabalho, sem valor oficial, só para ajudar a ler (NTs)]:

A fim de apreciar a gravidade dessa má conduta e suas implicações, é útil compreender certos requisitos processuais e substantivos que se aplicam à conduta do governo em matéria de vigilância eletrônica para fins de inteligência estrangeira. O Título I, da Lei de Vigilância da Inteligência Estrangeira (ing. FISA), codificada como emenda em 50 USC. 1801-1813, rege essa vigilância eletrônica.

Exige que o governo solicite e receba uma ordem do FISC aprovando uma pedido de vigilância eletrônica. Ao decidir se atende a tal pedido, um juiz do FISC deve determinar, dentre outras coisas, se o pedido oferece causa provável para acreditar que o alvo de vigilância proposto é uma "potência estrangeira" ou um agente é potência estrangeira. …

O governo tem um dever ampliado de boa-fé para com o FISC em processos ex parte, ou seja, naqueles em que o governo não enfrenta parte adversa, tais como processos sobre pedidos de vigilância eletrônica. O FISC espera que o governo cumpra o seu dever ampliado de boa-fé nos procedimentos ex parte em todos os momentos. A boa-fé é fundamental para o funcionamento eficaz desta Corte. …

Em 9 de dezembro de 2019, o governo apresentou ao FISC versões públicas e classificadas do Relatório do OIG. ... [que] Documenta casos preocupantes em que o pessoal do FBI forneceu informações à DNI [Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça] que não encontram apoio nem são desmentidas por informações em seu poder. Também descreve vários casos em que o pessoal do FBI ocultou informações do NSD que tinha em seu poder e eram prejudiciais para o caso que o FBI apresentava, por acreditarem que o Sr. [Carter] Page estava agindo como agente de um poder estrangeiro. …

Dia 18 de dezembro, Martha McCallum, da Fox News, entrevistou Bill Barr, Advogado Geral dos EUA, e perguntou-lhe (em 7:00 no vídeo) a que nível, na hierarquia do FBI, chega a acusação [de possível caso de traição]:

MACCALLUM: O senhor surpreendeu-se por ele [Diretor do FBI de Obama, James Comey] apresentar-se como se estivesse tão distante de toda a operação?

"JAMES COMEY: Como diretor, autoridade máxima de uma organização de 38 mil pessoas, você não pode dirigir uma investigação que se desenvolve vários níveis abaixo de seu nível hierárquico. Você tem de deixar a investigação a cargo dos profissionais de carreira especialistas."

MACCALLUM: O senhor acredita nisso?

BARR: Não. Acho que — um dos problemas com o que aconteceu foi precisamente que eles puxaram a investigação para os andares superiores, para os mais altos executivos, e ali fizeram o que quiseram, num grupo muito estrito de funcionários de alto escalão. E a ideia de que a investigação estaria vários níveis abaixo dele é simplesmente mentira, é falsa.

Nesse quesito, o atual Advogado-geral [do governo Trump] chamou de mentiroso o ex-diretor do FBI [do governo Obama].

Se Comey tiver problemas por causa dessa investigação do FBI possivelmente baseada em mentiras do homem indicado como candidato presidencial pelo partido de oposição ao do atual presidente (Obama, o próprio patrão de Comey), nesse caso a tentativa de se autopreservar pode tornar-se a motivação principal de Comey. Nesse caso, proteger o ex-patrão pode tornar-se preocupação de importância secundária para ele.

Além disso, como noticiado pela primeira vez por Nick Falco num tuíto dia 5/6/2018 (tuíto que foi removido pela empresa Twitter, mas não, felizmente, antes de que alguém o tivesse copiado num arquivo web), o FBI já investigava a campanha de Trump no mínimo desde 7/10/2015. Um investigador privado, Stefan Halper, foi contratado na Grã-Bretanha, talvez para escapar de leis que proíbem o governo dos EUA de fazer esse tipo de coisa. (Afinal, foi trabalho de ‘inteligência estrangeira’. Mas será que foi mesmo? Eis o que está agora sob investigação.) O Gabinete de Avaliação da Rede [ing. Office of Net Assessment (ONA)] “mediante os Serviços Centrais do Pentágono em Washington [ing. Pentagon’s Washington Headquarters Services], garantiu-lhe contratos de 2012 até 2016 para escrever quatro estudos sobre relações entre EUA, Rússia, China e Índia”. Mas Halper estudos para o Pentágono; de fato, funcionou como informante pago do FBI (e ainda não se sabe com certeza se esse dinheiro saiu do Pentágono, o qual gastou trilhões de dólares ‘não contabilizados’ e não rastreáveis). E em algum momento, a campanha de Trump passou a ser alvo da investigação de Halper. Nominalmente, esse inquérito visaria a examinar “O Relacionamento Rússia-China: O impacto sobre interesses da segurança dos EUA”. Supostamente, George Papadopoulos teria dito que “Halper insinuou em conversa com ele que a Rússia ajudava a campanha de Trump”, e Papadopoulos ficou chocado por Halper dizer tal coisa. Provavelmente, porque tanto dinheiro é não rastreável no Pentágono, é possível que alguns dos documentos crucialmente decisivos nessa investigação jamais sejam encontrados. Por exemplo, o relatório de 2/7/2019 do Inspetor Geral do Departamento de Defesa ao Senado dos EUA dizia que “o pessoal do [gabinete] ONA não nos forneceu qualquer prova de que o professor Halper tenha visitado qualquer daquelas instalações, constituído um grupo de consultores, ou que algum dia tenha-se reunido com qualquer das pessoas especificadamente listadas na declaração de serviço prestado.” Parece que o trabalho contratado pelo Pentágono não passou de cobertura, como salões de pizzarias serviam para operações da Máfia. Mas seja como for, é assim que a ‘democracia’ dos EUA realmente funciona. E, claro, o Estado Profundo dos EUA não opera exclusivamente mediante agências governamentais, mas, também, mediante organizações do submundo do crime organizado. Tudo isso são fatos conhecidos, absolutamente sem coisa alguma de especulação. Há décadas que é assim, pelo menos desde o tempo do governo de Truman (como documentado naquele link).

Além disso, dado que essa operação com certeza absoluta envolveu o diretor da CIA de Obama, John Brennan e outros, não só altos funcionários do FBI, absolutamente não há chance de que Comey fosse o único alto funcionário envolvido no ‘episódio’. E se Comey estava mesmo envolvido, nesse caso estaria agindo em interesse próprio, não apenas para servir ao chefe – e isso pela seguinte razão: deve-se crer que Comey estivesse altamente motivado para trabalhar contra Trump, porque Trump questionou publicamente a necessidade de a OTAN (principal agente de ‘vendas’ dos fornecedores norte-americano da ‘defesa’) continuar a existir; e também porque toda a carreira de Comey, desde o primeiro dia, foi sequência de serviços prestados ao Complexo Industrial-militar dos EUA. A principal fonte de renda de Comey, ao longo de toda sua vida, foram as dezenas de milhões de dólares que recebeu em suas idas e vindas pela porta giratória entre seu emprego como funcionário do governo federal e os serviços que prestava a empresas como Lockheed Martin.

Para essa gente, restaurar e intensificar e manter ativa a Guerra Fria é negócio muito rentável. Uns o conhecem como “Complexo Industrial-Militar”; outros o conhecem como “o Estado Profundo”, mas sob um ou outro nome, trata-se sempre de agentes dos bilionários proprietários e controladores de empresas internacionais sediadas nos EUA, como a General Dynamics e a Chevron. Ter cargo público, com poder para tomar decisões que atendam aos interesses de longo prazo desses investidores, é o meio mais garantido de enriquecer.

Consequentemente, Comey estaria trabalhando a favor de interesses seus e de outros altos funcionários do governo Obama, ao sabotar a campanha de Trump e ao ‘minar’ e enfraquecer a presidência de Trump, caso chegasse a ser eleito. Além disso, claro, Comey beneficiaria o próprio Obama. Não só Trump repetidas vezes condenou Obama, como, além disso, Obama nomeou para presidir o Comitê Nacional Democrata nas primárias presidenciais de 2016, Debbie Wasserman Schultz, a mesma que nos idos de 20/2/2007 avalizou o nome de Hillary Clinton para presidente nas primárias do Partido Democrata. Schultz portanto foi das primeiras apoiadoras de Clinton contra, inclusive, o próprio Obama.

Consequentemente, Comey estaria trabalhando a favor de interesses seus e de outros altos funcionários do governo Obama, ao sabotar a campanha de Trump e ao ‘minar’ e enfraquecer a presidência de Trump, caso chegasse a ser eleito. Além disso, claro, Comey beneficiaria o próprio Obama. Não só Trump repetidas vezes condenou Obama, como, além disso, Obama nomeou para presidir o Comitê Nacional Democrata nas primárias presidenciais de 2016, Debbie Wasserman Schultz, a mesma que nos idos de 20/2/2007 avalizou o nome de Hillary Clinton para presidente nas primárias do Partido Democrata. Schultz portanto foi das primeiras apoiadoras de Clinton contra, inclusive, o próprio Obama.

Em outras palavras, Obama nomeou Schultz com vistas a aumentar as chances de que Clinton — não Sanders — seria o candidato do partido em 2016 para continuar e proteger o legado presidencial do próprio Obama.

Até que, em 28/7/2016, Schultz foi forçada a renunciar e deixar a liderança do Comitê Nacional Democrata, depois que WikiLeaks distribuiu e-mails que indicavam que Schultz e outros membros da equipe do Comitê Nacional Democrata trabalhara contra Bernie Sanders e a favor de Hillary Clinton durante as primárias democratas de 2016. Para começo de conversa, esse favoritismo, precisamente, fora a causa de Obama nomear Schultz para aquele posto. Ela estava prestando serviços ao homem que a nomeada para comandar o Comitê Nacional Democrata. O mesmo se aplica a Comey. Em outras palavras: Comey foi nomeado por Obama para proteger Clinton, e para atacar Trump (que atacara ambos: Clinton e Obama).

Atualmente, Obama está dizendo aos bilionários do Partido que Elizabeth Warren será ótima para eles, mas não promove Sanders. Obama jamais gostou de Sanders. Quer que Warren capture os eleitores que, sem ela, votariam em Sanders, e quer que os bilionários do Partido o ajudem nessa empreitada (de fazer dela a opção suposta ‘progressista’ do Partido), de modo que Sanders não venha a ser opção de voto na eleição geral que acontecerá dia 3/11/2020. Obama está dizendo aos bilionários ‘democratas’ a quem não ajudar a obter a indicação do Partido.

De fato, dia 26/11, o Huffington Post manchetou que “Obama disse que falará para conter a indicação de Bernie Sanders” e indicou que, contudo, não falará publicamente (só em encontros com os bilionários do Partido). Mas Obama está empenhado em fazer tudo que esteja ao seu alcance para impedir que Sanders obtenha a indicação do Partido. Em 2016, a candidata de Obama foi Hillary Clinton; mas hoje é qualquer nome, exceto Sanders. Num certo sentido, portanto, as coisas não mudaram nos últimos quatro anos: qualquer um, menos Sanders.

A virtualmente única preocupação de Comey, no atual estado de coisas, é se autoproteger, para não ser preso. Significa que pode, sim, testemunhar contra Obama. No atual estado de coisas, Comey está livre de qualquer obrigação pessoal com Obama — Comey está agora por sua conta e risco, contra Trump – que claramente é seu inimigo. Algum tipo de barganha ou de ‘delação premiada’ é, portanto, virtualmente inevitável – e não só com Comey, mas com outros figurões nomeados por Obama. Nesse quadro, Obama está claramente no olho do alvo, agora e daqui em diante.

Congressistas Democratas optaram por atirar contra Trump (e inventaram o impeachment). Assim sendo, Trump terá de atirar contra Obama — e contra todo o Partido Democrata (a menos que Sanders consiga ser indicado candidato). Se Sanders obtiver a indicação do Partido, Sanders já terá derrotado esse Partido Democrata; esses eleitores Democratas terão de escolher entre Sanders e Trump. E o mesmo terão de fazer, também, os eleitores independentes)

Mas, independentemente do que aconteça, Obama está agora no olho do alvo. Não é só alvo político (como um processo de impeachment). Obama é hoje, sobretudo, de alvo da lei criminal (trata-se de investigar crimes). Trump enfrenta hoje um esforço do Partido Democrata – já fracassado – para substituí-lo pelo vice-presidente Mike Pence. Mas Obama terá de enfrentar acusações criminais virtualmente já inevitáveis, feitas pelo governo Trump no poder.

Obama jogou duro contra Trump, com “Russiagate”, e na sequência, com “Ucrânia-gate”. Agora, Trump jogará duro contra Obama, com todas as armas e energias que seu governo e o Partido Republicano consigam mobilizar contra Obama; e o que estará em jogo dessa vez será consideravelmente maior do que apenas substituir Trump por Pence.

Seja qual for o resultado, a luta será histórica e sem precedentes. (Se Sanders conseguir a indicação como candidato dos Democratas, será luta ainda maior e mais importante; e se vencer dia 3 de novembro, estaremos diante de uma segunda Revolução Norte-americana. Mas dessa vez revolução pacífica – se isso for possível nos EUA de hoje, hiper partidarizados e profundamente divididos.)

De modo algum o resultado disso tudo será o velho eterno status-quo. Ou haverá cisma ainda mais profundo nos EUA, ou haverá realinhamento político fundamental, mais diretamente comparável ao que houve em 1860 do que a qualquer outra coisa depois daquilo. Os EUA já têm porcentagem mais alta do próprio povo vivendo em cárceres, do que qualquer outra nação em todo o planeta. Norte-americanos que escolham uma opção pró ‘status-quo’ gerarão menos estabilidade, mais violência, não mais estabilidade e algum tipo de nação mais pacífica nesse mundo assolado por guerras. O que sair da eleição de 2020 para os EUA será um ponto de virada; de modo algum a eleição produzirá reformas. Norte-americanos que votem por reformas só aumentarão a configuração de inferno-sobre-a-Terra.

Não há reformas possíveis, como opção ainda viável hoje, dadas as realidades nos EUA.

Exige-se salto muito maior que ‘reformas’, para que esse país consiga não afundar num abismo ainda mais profundo. Essa queda acontecerá inevitavelmente, não importa qual dos dois Partidos chegue ao poder, porque os dois Partidos arrastaram os EUA ao abismo que hoje ameaça a nação norte-americana –, abismo que terá de ser evitado, para impedir que os EUA soçobrem de vez, até o mundo os esqueçam completamente.

O problema nos EUA não é nem Obama nem; não é nem simplesmente o Partido Democrata, nem simplesmente o Partido Republicano. O problema é ambos. O problema é o Estado Profundo. A realidade é essa. E o processo que nos consumiu como nação começou dia 26/7/1945 e secretamente continuou, desde então, sem parar, no lado norte-americano, mesmo depois do fim da União Soviética e depois de a Rússia ter posto fim imediatamente à sua parte na Guerra Fria.

A sanha e a voracidade do regime nos EUA, dede o dia 26/7/1945, para governar todo o planeta, alcançará o clímax seja na 3ª Guerra Mundial, seja numa revolução dentro dos EUA para derrubar e desmontar o Estado profundo e pôr fim à violência com que o Estado Profundo governa os EUA.

Os dois Partidos têm sido controlados por aquele sempre mesmo Estado Profundo, e agora se aproxima o estágio final ou clímax desse poder sem controle.

Sinal disso é que os EUA vivem hoje sob uma sequência dos piores presidentes — e dos piores Congressos – de toda a história dos EUA. Essa a realidade que vivemos hoje.

Infelizmente, muitos eleitores norte-americanos supõem que essa realidade extremamente instável e desestabilizadora, essa prolongada tendência pró-guerras, seria excelente e deveria ser prorrogada, não encerrada o mais rapidamente possível e substituída por novo rumo para o país: uma trilha rumo à paz, que FDR anteviu acuradamente, mas visão que foi abortada dia 27/7/1945. Não importa quantos norte-americanos votem a favor de ‘reformas’ superficiais, todos estarão votando mal. Quem votar a favor de ‘reformas’ superficiais, hoje, nos EUA, vota errado.

Muito frequentemente, só uma minoria vê acertadamente. Ver acertadamente não é coisa que se possa avaliar por métricas de minorias e maiorias: é uma questão de verdade ou falsidade.

Opinião pública mal informada pode participar voluntariamente da própria destruição — e pode ser agente também da destruição do mundo. Esse risco hoje existe, bem real. A democracia é pré-requisito para a paz, mas não pode existir democracia, onde a população seja sistematicamente, perpetuamente, mal informada. Mentiras e democracia são não miscíveis, como água e óleo.

* Eis a definição oficial de “traidor” (vejam a parte superior da página 3 nesse documento):

“Qualquer pessoa que deva fidelidade aos EUA e provoque guerra contra os EUA ou alie-se a inimigos dos EUA, dando a eles ajuda e abrigo dentro dos EUA ou em qualquer lugar, é culpado de traição”.

Todos os servidores públicos nos EUA, juram proteger e defender, jamais subverter, a Constituição dos EUA, o que implica que os EUA, o próprio país, considerado em si e por si, é definido como o funcionamento continuado da Constituição dos EUA. Traição é, assim, o ato mais supremamente ilegal nos termos da lei norte-americana, ato que viola o juramento que todo e qualquer servidor público tem de fazer ao tomar posse do cargo. (Quando a traição é cometida por quem não seja servidor público dos EUA, ainda é crime severo, mas menos severo do que no caso de servidores públicos.) A expressão “provoque guerra contra os EUA” deve ser interpretada como “provocar guerra contra o funcionamento da constituição, que é a lei suprema do país. “Ou” significa, “alternativamente”; e “alie-se a inimigos dos EUA” significa “seguir qualquer pessoa ou entidade que busque impor Constituição diferente aos EUA. A palavra “Inimigos” não é definida – não se exige, para que haja traição, que o oponente seja estrangeiro; pode ser um inimigo doméstico da Constituição dos EUA. Assim, um norte-americano pode ser inimigo dos EUA. De fato, a definição oficial explicitamente e exclusivamente se refere a “qualquer pessoa que deva fidelidade aos EUA”. Obviamente, a definição aplica-se a funcionário público, servidor público dos EUA. Assim a lei norte-americana define um “traidor”. Obviamente, o pior traidor será quem cometa o ato de traição quando no exercício de sua função pública.

Traduzido por Coletivo de tradutores Vila Mandinga

Eric Zuesse é historiador investigativo e autor de They’re Not Even Close: The Democratic vs. Republican Economic Records, 1910-2010 e CHRIST’S VENTRILOQUISTS: The Event that Created Christianity.

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